Minas Gerais celebra, neste mês de maio, 15 anos da implementação da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS). Para marcar a data, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) promoveu um encontro, nesta terça-feira (21/5), em Belo Horizonte, para avaliar os avanços da política e discutir estratégias capazes de fortalecer e ampliar a oferta de procedimentos.
As Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (Pics) são terapias que se somam aos tratamentos convencionais, buscando promover a saúde e ampliar atividades que favoreçam o bem-estar, auxiliando na redução de sintomas relacionados aos agravos em saúde.
Entre as práticas mais conhecidas estão a acupuntura, a fitoterapia, a homeopatia, o reiki e a terapia floral.
A chefe de Gabinete da SES-MG, Marina Queirós Cury, lembra que o estado foi o primeiro a implantar as Prática Integrativas de Saúde no país. “É um motivo de orgulho que Minas esteve sempre na vanguarda das Pics. A população mineira procura pelos serviços porque eles realmente melhoram a qualidade de vida e a integração das pessoas na comunidade”.
Atualmente, o SUS oferece 29 procedimentos de práticas integrativas de saúde à população, de forma integral e gratuita.
Para a subsecretária de Redes de Atenção à Saúde da SES-MG, Camila Moreira de Castro, agora é o momento de avaliar como ampliar esses serviços. “Além de comemorar os avanços, vamos discutir e fortalecer cada vez mais as práticas no estado, para melhorar a qualidade de vida das pessoas que são atendidas no SUS”, afirma Camila.
Trajetória
A PNPIC foi instituída no Brasil em 2006, e implementada em Minas Gerais, como política pública, em 2009. As condutas terapêuticas desempenham um papel abrangente no SUS e podem ser incorporadas em todos os níveis da Rede de Atenção à Saúde.
“A implementação da experiência mineira estimula que outros estados tenham uma política. O estado, com implementação de cofinanciamento, é uma referência nacional”, observa Daniel Amado, assessor técnico do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde.
“As Pics não substituem o tratamento tradicional, são um adicional, um complemento no tratamento e indicadas por profissionais específicos conforme as necessidades de cada caso. No SUS, o que se estimula é a prática conjunta, em um olhar ampliado com diversas ferramentas para cuidar das pessoas”, complementa Daniel Amado.