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Unidade do Estado, Cepon traz esperança e cura aos pacientes que precisam de transplante de medula óssea

Foto: Divulgação / SES

Em celebração ao Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, comemorado neste sábado, 21, o Governo do Estado apoia a doação de células tronco e incentiva a solidariedade para ajudar pacientes que têm o transplante como única chance de cura. Referência para Santa Catarina e no Brasil, a Unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepom) é a única no estado a fazer transplantes de células-tronco de doadores e dos próprios pacientes.

Até hoje, a unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES) já realizou 186 transplantes de doadores (alogênico) e 1.465 dos próprios pacientes (autólogo).

A Unidade de Transplante de Medula Óssea foi inaugurada em 1999, quando iniciou os transplantes autólogos, em que as células-tronco do próprio paciente são utilizadas no tratamento. Em novembro de 2018, a modalidade de transplante alogênico foi incorporada, permitindo que células-tronco de doadores compatíveis, aparentados ou não, também sejam utilizadas.

“O Cepon é uma referência no tratamento do câncer em Santa Catarina. Temos plena consciência da responsabilidade da instituição com a saúde no estado, e por isso trabalhamos continuamente para ampliar nossa capacidade de atendimento, sempre adotando as melhores práticas clínicas”, afirma o presidente da Fahece, Alvin Laemmel.

Essenciais para o tratamento de doenças como leucemias, linfomas e outros tipos de câncer no sangue, os transplantes realizados no Cepon oferecem uma oportunidade de cura e um novo começo para muitos pacientes. “O transplante de medula óssea é uma das ferramentas mais poderosas no tratamento de doenças hematológicas graves. No CEPON, buscamos oferecer não apenas um tratamento de excelência, mas também uma esperança real para nossos pacientes e suas famílias”, reforça o diretor-geral Marcelo Zanchet.

Histórias de superação

Recuperação da paciente Lyze – Foto: Divulgação / Cepom

Em 2022, Layze Baggio, de 16 anos, foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin após notar um nódulo no pescoço, além de sintomas como indisposição e sudorese. Após quatro meses de quimioterapia, o tratamento foi bem-sucedido. No entanto, um ano depois, o câncer recidivou, exigindo um protocolo mais intenso de quimioterapias. Dessa vez, os médicos indicaram a necessidade de um transplante autólogo de medula óssea, onde as próprias células-tronco da paciente são utilizadas, eliminando o risco de rejeição.

“A internação para o transplante foi muito mais tranquila do que eu esperava. Apesar das quimioterapias fortes e dos enjoos, a equipe de enfermagem do Cepon foi extremamente atenciosa e acolhedora. Eles tornaram essas três semanas mais leves e sem grandes preocupações. Sou muito grata a todos eles”, destaca Layze. Com a pega da medula ocorrendo no décimo dia após o transplante, ela agora se encontra em fase de recuperação, com restrições devido à baixa imunidade. Embora o isolamento seja desafiador emocionalmente, Layze se mantém otimista de que, após essa fase, poderá retomar sua vida com tranquilidade.

Outro paciente que passou pelo transplante na unidade foi Júlio Francisco Manetta, de 32 anos, diagnosticado com Linfoma de Hodgkin. Ele relata os desafios que enfrentou durante o processo: “A equipe médica e de enfermagem é excelente, todos são ótimos profissionais. No entanto, o processo de transplante foi muito difícil para mim. Enfrentei complicações que pesaram bastante no meu psicológico. Uma das mais graves foi a síndrome de obstrução sinusoidal hepática, na qual corri um risco sério. Mas, graças a Deus, estou bem agora, e poder sair do confinamento e estar com minha família foi essencial para a minha recuperação”, explica Júlio.

Doação de medula óssea

A cura de doenças como leucemia e linfomas muitas vezes depende de um transplante de medula óssea, que pode ser realizado com células do próprio paciente ou de um doador, seja ele familiar ou voluntário. A chance de encontrar um doador compatível na família é de cerca de 25%, sendo que a primeira opção recai sobre um irmão 100% compatível. Caso não haja um doador familiar, a busca se estende para doadores voluntários, cuja compatibilidade entre não aparentados é de 1 em 100 mil.

Ampliar o número de doadores voluntários aumenta as chances de salvar vidas. Em Santa Catarina, o Hemosc realiza o cadastro de doadores de medula óssea. Para saber mais sobre como se cadastrar, acesse www.hemosc.org.br. 

Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
e-mail: [email protected]